segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Filtro biológico


O sistema mais difundido de filtragem é o filtro biológico de fundo (FBF), que é composto por placas perfuradas colocadas por baixo da camada de cascalho, com uma saída acoplada a um compressor de ar ou, mais recentemente, a uma bomba submersa. O fluxo de água através da camada de cascalho aumenta a oxigenação nesta, permitindo a fixação de bactérias benéficas, que convertem produtos tóxicos da água em elementos não tóxicos. Esse sistema de filtragem deu um grande impulso ao aquarismo.


Uma das causas da mortalidade dos peixes em aquário é o acúmulo de substâncias tóxicas, que se formam dos dejetos dos peixes e de restos de alimentos. O principal produto tóxico que aparece é a amônia; quando o filtro biológico está maduro uma das colônias de bactérias que se aloja nele transforma a amônia em nitrito, que também é tóxico, então um outro tipo de bactéria transforma o nitrito em nitrato, que não é tóxico, e vai se acumulando na água. É por isso que a filtragem biológica é fundamental para a vida de um aquário. Em aquários sem nenhum tipo de filtro biológico, ou com um ainda não maturado1, é comum os peixes irem morrendo sem motivo aparente, quando na verdade eles estão sendo intoxicados dentro d`água.

1. Diz-se que um filtro biológico está maduro quando ele está funcionando a um tempo suficiente para que grandes colônias de bactérias tenham se alojado nele, assim todos os elementos tóxicos são prontamente convertidos em nitrato. O período de tempo para que o filtro biológico esteja completamente pronto é de aproximadamente um mês.
Hoje em dia, com um conhecimento maior da química e da biologia do aquário, vários outros sistemas de filtragem foram desenvolvidos, muitos dos quais dispensam por completo o uso do FBF. Porém, todos esses sistemas têm uma camada biológica inserida neles; ou seja, no aquário sempre há um filtro biológico, sendo o FBF um dos vários sistemas de filtro biológico, de onde se desenvolveram os outros. Essa camada biológica é sempre uma superfície muito porosa, que facilita a fixação das bactérias do filtro biológico; pode ser uma esponja (nos filtros WetDry ou nos canisters), areia de densidade especial (nos filtros de areia fluidizada), bioballs (nos WetDry ou como complemento de outros filtros), etc.
Atualmente existe uma grande polêmica sobre as vantagens e desvantagens dos vários sistemas de filtragem, e muito crítica surgiu sobre o FBF. É sabido que este último, ao longo do tempo, acumula muita sujeira na camada do fundo do aquário, o que pode vir a causar um desequilíbrio do aquário. Também, em aquários voltados principalmente para o cultivo de plantas, o tipo de circulação de água gerado na camada de cascalho impede a manutenção de uma camada nutritiva no fundo, que alojaria vários elementos importantes para um desenvolvimento exuberante das plantas. A primeira crítica é válida, e a manutenção de um FBF exige que o fundo do aquário seja regularmente sifonado para que não se deixe acumular excesso de detritos na camada de cascalho, e que a alimentação dos peixes seja bem regulada, para que não fiquem caindo sobras no fundo, que vão acabar apodrecendo e piorando a qualidade da água com o tempo. A segunda crítica também é válida, mas em aquários moderadamente plantados, aonde as plantas são apenas elementos secundários, o FBF pode ser usado, e eu já tive aquários com plantas muito bonitas que usavam FBF. No geral, eu particularmente gosto do FBF pois acho um sistema simples, barato, e de funcionamento bastante satisfatório.
Para aquários bem plantados, daqueles que parecem mesmo um jardim, o ideal é escolher um sistema de filtragem que deixe "quieto" o fundo do aquário, para que se possa colocar uma camada nutritiva duradoura neste, que vai liberar nutrientes para as plantas por um período prolongado de tempo. Nesse tipo de aquário outro sistema de filtragem, que não o FBF, deve ser escolhido; abaixo eu cito alguns tipos de filtros que eu já usei e faço alguns comentários. Infelizmente, todos os filtros externos bons com os quais eu tive contato são importados...
WDF 3000 da Second Nature – esse filtro tem um pad que retira a sujeira mais grossa da água, um local para colocar carvão ativado, e uma esponja aonde se alojam as bactérias do filtro biológico. O sistema funciona bastante bem e o filtro movimenta muito pouco a água, sendo muito bom para aquários com espécies que gostam de águas pouco movimentadas, como acarás disco.
Penguin BioWheel – esse filtro é feito em vários tamanhos e conjuga também os 3 sistemas de filtragem: mecânica, química e biológica. A parte biológica é feita por uma roda que fica girando na saída de água do filtro, como um moinho, e que tem a superfície propensa para a fixação de bactérias.
Fluval – esse é um dos modelos de filtro canister. A biologia nesse filtro é feita numa esponja, e o filtro tem vários outros compartimentos aonde pode-se colocar elementos filtrantes, como carvão ativado, cerâmica, peat, etc. Eu uso esse filtro num aquário de plantas, mas já reparei que a biologia demora mais que nos outros para se formar nesse sistema.

Complemento de 2013: algum dos filtros citados acima não são mais encontrados no mercado nacional. Um dos filtros satisfatórios que está aqui a anos e anos é o Aquaclear.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Básico sobre filtragem de aquários

FILTRO_MIGNON_AZOO

Filtração ou filtragem é o nome que atribuimos a um processo de limpeza e depuração dos resíduos orgânicos, como, restos de alimentos, fezes, folhas mortas, urina, etc., contidos na água do aquário. Existe hoje em dia uma grande variedade de equipamentos projetados para este propósito, os quais possuem duas ou três etapas, sendo uma mecânica, outra química, e por vezes uma biológica. Existem, portanto, três tipos básicos de filtração:

a) Filtração mecânica, efetuada por intermédio de qualquer material que funcione como uma tela ou peneira, retendo partículas de sujeira que estejam em suspensão na água do aquário. Utiliza-se para esse fim um elemento filtrante composto por lã acrílica (perlon), espuma de poliéster (esponja sintética) ou outros meios de características semelhantes.

b) A filtração química, refina ainda mais a filtragem mecânica retirando partículas muito pequenas de sujidades em dissolução, que escaparam a ação dos elementos filtrantes mecânicos. Por meio desta filtragem, através de fenômenos químicos como a adsorção e a catálise, removemos os odores (partículas de cheiro), pigmentos (partículas que conferem cor à água) e gases. São elementos filtrantes químicos o carvão ativado, os adsorventes de amônia (também conhecidos como zeolitos) e ainda outros. O objetivo destes dois tipos de filtragem é diminuir ao máximo possível, a carga de substâncias orgânicas em dissolução, antes que estas passem pelo processo de degradação promovido pelos organismos decompositores.


c) E finalmente, a menos compreendida e mais importante etapa de filtragem: A filtração biológica que transforma a urina dos peixes em compostos muito menos tóxicos e é levada a efeito por dois grupos de bactérias denominadas: bactérias nitrificantes, as quais reduzem compostos orgânicos nitrogenados, como a amônia e o nitrito transformando-os em nitratos, para tanto estas bactérias necessitam de uma superfície onde fixarem-se e boas quantidades de oxigênio, daí serem chamadas de bactérias aeróbias (só vivem na presença de oxigênio).

Peixes

Agulhinha


Nome: Dermogenes pursilla, mais conhecido por agulhinha.

Originário da Asia, pode viver em grupos ou sozinho, tolera um ph entre 7 a 8, e temperatura variando de 24 a 28 graus, atinge no máximo 7cm e vive cerca de 2 a 3 anos.

Eles ficam sempre próximo a superfície da água e são saltadores, então é recomendado que o aquário seja tampado ou que tenha muitas plantas flutuantes.

Peixes

Cruzeiro do sul


Cruzeiro do sul
Hemiodus gracilis
Cruzeiro
Hemiodontidae
Bacia Amazônica
Peixe de tamanho médio que pode atingir até os 15 cm de comprimento. Apresenta uma coloração “prateada” pelo corpo, coloração avermelhada na cauda e uma mancha negra lateralmente em cada um dos lados, que vai da base da cauda a quase metade do corpo. Desenvolvido para nado rápido, habita rios e lagos.
Pacífico e tímido, gosta de viver em grupos.
Meio do Aquário
5.8 a 7.0
-
-
23 a 28 ºC
15 cm
Onívoro. Em cativeiro, aceita rações e alimentos vivos. É recomendável uma dieta variada, incluindo rações vegetais e spirulina.
Ovíparo. Animal de difícil reprodução em cativeiro, embora já se foi conseguida por criadores. Sabe-se que é um peixe de piracema (que sobe até cabeceiras de rios para desova). A segurança da prole é feita pelo casal.
Não existe evidentemente.
Como citado anteriormente, é um animal de nado rápido e que gosta de ser mantido em cardumes, consequentemente necessita de um grande espaço. Para sua criação em cativeiro é recomendado tanques grandes de tamanho ou superior a 300 litros. Peixe tímido, é aconselhável que seja mantido em tanques com vegetação, para uma minimização do estresse e que o animal se sinta seguro e confortável. A água deve estar a temperaturas tropicais (26ºC ~ 27ºC), pH ácido e baixos níveis de nitrato. Procure não mantê-los em locais com muita movimentação, pois são peixes que se assustam facilmente. Ótimas aquisições para aquários comunitários.

Plantas

Gramínea


Nome genérico: Gramínea 
Nome científico: Lilaeopsis brasiliensis 
Família: Apiáceas 
Habitat: América do Sul. 
Iluminação: 1 W/L 
pH min : 6,5 max : 7,5
Temperatura min : 15ºC max : 26ºC
GH min : 4 max : 15
Tamanho: 10 cm
Posição no aquário : Frente.
Manutenção: Difícil
Características : Planta de folha fina esverdeada , com caule subterrâneo.Muito usada como
planta carpete e também em aquários brackish pois tolera pequenas quantidades de sal.Barata
e facilmente encontrada , ocorre do Sudeste do Brasil até o Cone Sul.Não é muito exigente
quanto à parâmetros da água mas necessita de substrato rico e de uma condição razoável de
iluminação.Pode ser cultivada na forma emersa , chegando inclusive à florescer. 

Plantas

Elodea


A Elodea (Egeria densa),é um planta de crescimento muito rápido, e muito resistente também. Normalmente essa é uma planta utilizada no inicio de um novo layout de um aquário plantado para evitar o surgimento de algas. Como o crescimento da Elodea é muito rápido, ela consome os nutrientes fazendo com que o surgimento de algas seja reduzido ou até mesmo zerado.
Para usar essa técnica só basta ter o cuidado de ir podando a Elodea para eivar com que ela faça sombra sobre as outras plantas, e após algumas semanas, basta retirar elas com muito cuidado para que o substrato não venha a se misturar com a coluna d’água.

São plantas que também pode ser utilizadas na com parte integrante do layout também, de preferencia em aquários grandes e plantadas em maços.

Segue a ficha técnica da Elodea:

Família: Hydrocharitaceae;

Origem: Cosmopolita;

Hábito: Submersa fixa;

Tamanho: 50 a 100 cm de altura;

Temperatura da Água: de 10 a 26 ºC;

Iluminação: Moderada a intensa;

pH: de 5 a 10;

Manutenção: Fácil;

Crescimento: Rápido;

Propagação: Se propaga através de cortes e replantio dos ramos;

Plantio: São plantas para serem plantas na parte dos fundos do aquário, sempre em molho de no mínimo 2 ramas e com espaçamento entre 2 a 4 centímetros.






Paddlefish chinês

Paddlefish chinês é uma espécie de peixe-espada chinês, que é considerado um dos maiores de água doce, medindo até 2 metros de comprimento e pesando 25kg.
Devido ao seu focinho lembrar uma tromba de elefante, ele também é chamado de peixe-elefante.



Aquários plantados

Na minha opinião como aquarista, os aquários plantados são os mais belos e melhores por eles se ajustarem bem a qualquer tipo de ambiente em que forem colocados,somente pelo simples fato de possuírem plantas reais.Porém também tem seus pontos negativos, como: uma maior atenção a manutenção relacionada as plantinhas.
Alguns dos pontos que merecem muita atenção é na iluminação para que ocorra a fotossíntese de maneira correta e que preserve a saúde tanto das plantas como dos peixes. 
A quantidade de nutrientes e trocas gasosas da água também são pontos muito importantes para que não haja nenhuma deficiência na nutrição das plantas,e pra isso é necessário fazer a utilização de substratos(é como adubo de plantas normais misturado com um pouco de areia própria para aquário) e não obrigatoriamente utilizar difusores de CO2.

Algumas imagens de aquários plantados.








Cuidados necessários com os peixes de aquários.


Com a existência de milhares de espécies de peixes que podem ser mantidas em aquários, o mercado de aquarismo vem crescendo a cada dia, porém cuidados devem ser cuidadosamente respeitados, cada espécie tem suas necessidades tais como: espaço adequado,compatibilidade de espécies, temperatura, pH dureza da água, iluminação e pressão.
Com esses devidos cuidados, o aquário trará o ambiente perfeito para manter a saúde dos peixes e demais seres vivos presentes.


Tipos de aquários

Basicamente existem dois tipos de aquário: os de água doce e os de água salgada.Dentro destas subdivisões, outras classificações acontecem, baseadas nas características de cada montagem, como a espécie dos peixes.

Iluminação

A iluminação é parte importante para peixes, plantas, corais e qualquer outro ser vivente no aquário. Como podemos perceber, peixes não possuem pálpebra, logo, se mantivermos o ambiente iluminado o tempo todo, eles não conseguirão dormir e ficarão estressados. 
Em média, durante um dia a iluminação solar dura de 6 a 8 horas, o que é aproximadamente o período adequado para mater o aquário iluminado.
Para aquários plantados as exigências são ainda maiores, pois devemos compreender que plantas precisam de luz para realizar a fotossíntese, logo existe um tempo mínimo e uma quantidade mínima de luz a ser aplicada. As lâmpadas também precisam ser adequadamente escolhidas, de preferência lâmpadas especiais para aquários.


PH

O PH é uma escala logarítmica de medida baseada na dissolução do íon Hidrogênio(H+) na água: quanto mais alcalina, maior o pH; quanto mais ácida, menor o PH. Aquários Marinhos costumam ter o pH alto, estabilizado em 8,3. Já nos de água doce, o pH varia, podendo ir de 5,5 até 9,0, de acordo com a espécie abrigada.Em aquários comunitários é comum manter o pH neutro, em torno de 7, a fim de harmonizar o ambiente com as necessidades de um número mais diversificado de espécies.

Temperatura

A tolerância de espécies a temperaturas variadas também é bastante notada em aquários. Por exemplo, Discus (Symphysodon aequifasciata) tem baixa tolerância a temperaturas inferiores a 28°C já Carpas sobrevivem a até 4°C.Como sabemos peixes são animais pecilotermos, logo o seu metabolismo acompanha a temperatura do ambiente.